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Foto: Vatican Media/Handout via Reuters |
Bruck, de 89 anos, que vive em Roma, nasceu em uma família judaica pobre e foi levada a uma série de campos de concentração, nos quais perdeu o pai, a mãe e o irmão.
Um porta-voz do Vaticano, que anunciou a visita após ela ter acabado, disse que os dois conversaram sobre o que ela viveu nos campos de concentração e o quanto é importante que futuras gerações tenham consciência do que aconteceu.
“Eu vim agradecer pelo seu testemunho e prestar homenagem às pessoas martirizadas pela insanidade do populismo nazista”, teria dito o papa à Bruck segundo o Vaticano.
Nascida Edith Steinschreiber, em 3 de maio de 1932, Bruck é a mais nova de seis filhos de uma família judaica que vivia em um vilarejo húngaro na fronteira com a Eslováquia.
Vítima de discriminação durante toda a infância, ela foi deportada para o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1944, ocupada pela Alemanha.
A mãe dela morreu em Auschwitz. O pai, em Dachau, na Alemanha, onde ela cavou trincheiras e construiu ferrovias, disse recentemente ao jornal do Vaticano, Osservatore Romano. Bruck ainda passou por Kaufering, Landsberg, Christianstadt e Bergen-Belsen, onde seria libertada com uma irmã, em abril de 1945.
Após a guerra, a poeta chegou a viver durante oito anos em Israel. Mas, em 1954, mudou-se para Roma, onde reside até hoje.