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Escolas reabrem entre medo da covid-19 e do atraso no aprendizado

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\”As escolas que já reabriram ao redor do mundo não causaram uma explosão no número de casos\”, diz  pediatra. 

Após quase um ano sem receber alunos para atividades de ensino regulares, sem vacina à vista tanto para professores quanto para estudantes, e com muitas incertezas dos pais em meio ao agravamento da pandemia de covid-19 no país, começa a volta às aulas de milhões de alunos Brasil afora. 

Os governos de pelo menos 10 Estados marcaram a volta às aulas em fevereiro enquanto o de outros seis, incluindo o DF, para março.

Na maioria dos Estados, os pais podem escolher se mandam os filhos para a escola neste primeiro momento ou não. Assim, os colégioss devem promover um revezamento entre os estudantes para participação nas aulas presenciais e no ensino remoto.

“Manter as escolas fechadas não está protegendo a maioria das crianças da pandemia e ainda as expõe a uma série de outros riscos como desnutrição, violência e déficit de aprendizado”, afirma a pediatra Ana Escobar, que apoia o retorno imediato das escolas:

“Até aqui ficamos um ano sem escola, ficar outro ano é inaceitável. Principalmente se a gente pensar nas crianças mais vulneráveis, porque em casa não trem estrutura pra aprender, os pais não conseguem ajudar, não tem com quem deixar, como alimentar, a escola tem que estar lá, não dá mais para esperar”.

“As escolas que já reabriram ao redor do mundo não causaram uma explosão no número de casos, não foi constada essa relação de causa e efeito em lugar nenhum”, diz a pediatra. 

O infectologista Marcelo Otsuka, apoia o retorno pois, segundo ele, já foi possível constatar que a doença em crianças e adolescentes não costuma manifestar-se de forma violenta e causar complicações.
 “No geral, nessas faixas etárias o vírus não é muito diferente de vários outros que não fecham escolas”, afirma.

Ele diz, no entanto, que diversos fatores devem ser observados para que o retorno seja feito em segurança. 

“As crianças transmitem, então algo que os pais devem considerar antes de mandar para a aula é se essa criança convive com algum idoso ou pessoa dos grupos de risco. Se sim e se for possível, talvez seja melhor esperar mais um pouco”, diz. 

Otsuka também cobra rigor na aplicação de medidas de segurança contra a covid-19 como barreiras físicas entre os alunos, equipamentos de proteção pessoal para todos, uso de máscaras obrigatório, sabão, água e álcool em gel disponível nas escolas.

Em Santa Catarina, os professores da rede estadual de educação retornam ao trabalho nesta quarta-feira (3), quando iniciam a formação pedagógica com o objetivo de assegurar o planejamento docente coletivo da continuidade curricular entre 2020 e 2021. Já os alunos retornam dia 18.

A perspectiva da Secretaria Estadual de Educação é trabalhar com três modelos, que podem coincidir: 100% presencial, misto e 100% online.

Nesse caso (online), os responsáveis devem assinar um termo de compromisso informando o desejo de manter o estudante nesse modelo. 

O termo tem validade de 15 dias e pode ser suspenso por desejo dos pais ou responsáveis, desde que a escola seja formalmente informada com sete dias de antecedência.

Em Santa Catarina, os professores da rede estadual de educação retornam ao trabalho nesta quarta-feira (3),  já os alunos retornam dia 18.