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União Europeia e Reino Unido bloquearam os novos termos de uso do WhatsApp. Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock |
O WhatsApp anunciou que passa a ser obrigatório o compartilhamento de dados de seus usuários com o Facebook, dono do aplicativo de mensagens.
Quem não concordar com a mudança, conforme a notificação enviada pela plataforma, 'é convidado a desativar o aplicativo e apagar a conta'.
Isso significa que o aceite é obrigatório e os usuários não possuem opção de não compartilhar seus dados pessoais.
Ao tocar em "Aceito", você concorda com os novos termos e com a política de privacidade, que entram em vigor no dia 8 de fevereiro de 2021, diz a notificação.
"Depois dessa data, você precisará aceitar as atualizações para continuar usando o WhatsApp. Você também pode visitar a Central de Ajuda se preferir apagar a sua conta e desejar obter mais informações", continua o aplicativo.
A última vez que o app fez uma grande mudança de política de privacidade foi em 2016, mas as pessoas que já usavam o app podiam negar o compartilhamento de dados com o Facebook.
A partir de agora, todos, inclusive os que negaram o compartilhamento em 2016, terão que concordar com a política de privacidade para usar o aplicativo.
A última vez que o app fez uma grande mudança de política de privacidade foi em 2016, mas as pessoas que já usavam o app podiam negar o compartilhamento de dados com o Facebook.
A partir de agora, todos, inclusive os que negaram o compartilhamento em 2016, terão que concordar com a política de privacidade para usar o aplicativo.
Para especialistas, o fato de o WhatsApp compartilhar de que forma o usuário utiliza a plataforma é bastante preocupante, pois se trata de dado que, sem a autorização do usuário, não deve ser compartilhado com outras empresas, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Mas o que muda? Quais os dados serão compartilhados?
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Usuários começam a receber notificação para aceitar os novos termos. Imagem: Arquivo pessoal |
O Facebook declarou que as novas condições 'permitirão o compartilhamento de informações adicionais entre WhatsApp e Facebook, e outros aplicativos como o Instagram e Messenger".
Isso inclui dados de perfil, mas não o conteúdo das mensagens, que seguem encriptadas.
Em sua plataforma, o WhatsApp detalha a gama de informações que podem ser disponibilizadas a outras empresas do grupo:
- Número do seu telefone e outros dados que contem no registro (como o seu nome);
- Informações sobre o telefone, incluindo marca, modelo e a empresa de telefonia móvel;
- O número de IP, que indica a localização de sua conexão;
- Qualquer pagamento ou transação financeira feita através do WhatsApp;
Também podem ser compartilhados:
- número de telefone de seus contatos
- atualização de status
- dados sobre a atividade do usuário no aplicativo
- fotos de perfil, entre outros.
A medida gerou uma onda de críticas e provocações. O empresário Elon Musk, SEO da Tesla, sugeriu a migraçãos dos usuários do WhatsApp para o concorrente Signal.
O Signal, mensageiro semelhante, que preza pela segurança e privacidade dos usuários, ultrapassou o WhatsApp nos últimos dias e agora lidera a lista dos apps “mais baixados” da Play Store no Brasil.
Atualmente, o app está na segunda posição do ranking de programas gratuitos mais baixados da loja do Android – ficando atrás apenas do aplicativo da loja Magazine Luiza.
O cofundador do Twitter também recomendou o uso do seu aplicativo, para que usuários não tenham que aceitar o consentimento forçado imposto pelo Facebook.
O cofundador do Twitter também recomendou o uso do seu aplicativo, para que usuários não tenham que aceitar o consentimento forçado imposto pelo Facebook.
O Telegram também está na disputa. Um dos principais argumentos dos defensores do Telegram é que ele tem muito mais recursos que o WhatsApp. E isso é verdade. No aplicativo é possível criar canais, por exemplo. Eles são usados para transmitir mensagens para grandes grupos, e têm número ilimitado de participantes.
Quanto ao WhatsApp, todos os usuários devem aceitar as novas condições se quiserem continuar usando o app.
A União Europeia e o Reino Unido, contudo, serão excessões. Devido a acordos firmados com organizações de proteção de dados da região, o Facebook não vai impor o compartilhamento de informações.
Idec vai tomar medidas contra política de privacidade do WhatsApp
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) pretende tomar medidas contra a nova política de privacidade do WhatsApp. O objetivo do órgão é garantir que, mesmo sem concordar com a nova política do WhatsApp, os usuários possam continuar utilizando o aplicativo no Brasil.
De acordo com o Idec, o fato do WhatsApp não oferecer uma alternativa viável para quem não concorda com seus novos termos, pode acabar dificultando seu uso.
Quanto ao WhatsApp, todos os usuários devem aceitar as novas condições se quiserem continuar usando o app.
A União Europeia e o Reino Unido, contudo, serão excessões. Devido a acordos firmados com organizações de proteção de dados da região, o Facebook não vai impor o compartilhamento de informações.
Idec vai tomar medidas contra política de privacidade do WhatsApp
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) pretende tomar medidas contra a nova política de privacidade do WhatsApp. O objetivo do órgão é garantir que, mesmo sem concordar com a nova política do WhatsApp, os usuários possam continuar utilizando o aplicativo no Brasil.
De acordo com o Idec, o fato do WhatsApp não oferecer uma alternativa viável para quem não concorda com seus novos termos, pode acabar dificultando seu uso.
O WhatsApp destaca que os usuários não vão perder suas contas caso não concordem de imediato com a nova política de privacidade. Ainda assim, a grande questão é: quem não “der ok”, vai ficar com a conta desativada até mudar de ideia.