AGÊNCIA SENADO ― O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) protocolaram uma representação ao Tribunal de Contas da União contra a Presidência da República a respeito dos gastos do Executivo em alimentação.
A representação é uma resposta a notícias veiculadas no último dia 24 na imprensa, que revelou um aumento de gastos com as compras de caráter alimentício efetuadas pelo governo federal: no último ano, todos os órgãos do Executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação a 2019.
De acordo com o levantamento, feito com base em dados públicos, só em goma de mascar foram R$ 2.203.681,89 aos cofres públicos.
Molho shoyo, molho inglês e molho de pimenta, juntos, somam por exemplo mais de R$ 14 milhões.
Em leite condensado foram gastos R$ 15.641.777,49. Além da soma com leite condensado, outros itens que chamaram a atenção foram as compras com chicletes (R$ 2,2 milhões) e pizza e refrigerante (R$ 32,7 milhões se somados).
A maior parte das compras e o montante mais alto é ligado ao Ministério da Defesa. Foram mais de R$ 632 milhões com alimentação. A compra de vinhos, por exemplo, que somou R$ 2.512.073,59, foi quase toda bancada por eles.
Ainda na representação, os parlamentares ressaltaram que, “em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos apontado pelas matérias é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”.
DEFESA
O presidente Jair Bolsonaro rebateu hoje (27), as críticas sobre os gastos com leite condensado no Executivo com ofensas à mídia e o compartilhamento de um texto para justificar as despesas.
A explicação diz que os órgãos do Executivo fazem uso do produto "em locais distantes e pouco acessíveis", onde "não é viável o transporte e o armazenamento de leite fresco, que estraga rapidamente".
Mais tarde, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a tratar do assunto. "Uma sucessão de erros, de equívocos levou a isso", disse. Ele justificou que os alimentos adquiridos são usados na alimentação de "centenas de milhares" de pessoas.
A maior parte das compras e o montante mais alto é ligado ao Ministério da Defesa. Foram mais de R$ 632 milhões com alimentação. A compra de vinhos, por exemplo, que somou R$ 2.512.073,59, foi quase toda bancada por eles.
Ainda na representação, os parlamentares ressaltaram que, “em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos apontado pelas matérias é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”.
O presidente Jair Bolsonaro rebateu hoje (27), as críticas sobre os gastos com leite condensado no Executivo com ofensas à mídia e o compartilhamento de um texto para justificar as despesas.
A explicação diz que os órgãos do Executivo fazem uso do produto "em locais distantes e pouco acessíveis", onde "não é viável o transporte e o armazenamento de leite fresco, que estraga rapidamente".
Mais tarde, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a tratar do assunto. "Uma sucessão de erros, de equívocos levou a isso", disse. Ele justificou que os alimentos adquiridos são usados na alimentação de "centenas de milhares" de pessoas.
De acordo com a pasta, os militares não recebem nenhum valor referente ao pagamento de auxílio alimentação, sendo obrigatória por lei a disponibilização de alimentação aos que estão em atividade.
Sobre a compra de itens como leite condensado, o ministério explicou que o produto pode ser usado para substituir o leite comum, devido ao seu alto potencial energético e melhor conservação em altas temperaturas.
No caso da compra de gomas de mascar, o ministério afirmou que o produto é usado na higiene bucal quando ocorre a impossibilidade de escovação e para aliviar os efeitos da pressão durante a atividade aérea.
XINGAMENTOS
Bolsonaro fez os xingamentos à imprensa durante um almoço em uma churrascaria de Brasília, em evento com a presença de ministros como Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Gilson Machado (Turismo), além de personalidades que apoiam o presidente (vídeo abaixo).
"Quando eu vejo a imprensa me atacar, dizendo que eu comprei 2,5 milhões de latas de leite condensado, vai pra puta que o pariu!", disse Bolsonaro, sendo aplaudido pelos presentes.
"É pra enfiar no rabo de vocês aí da imprensa", disse exaltado, chamando a mídia brasileira de "imprensa de merda".Nesta quinta-feira (28), em sua live semanal, Bolsonaro disse que vai voltar no assunto. Pra finalizar, disse que, em 2014, "a Dilma gastou mais em leite condensado do que eu".