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Pesquisadores do Rio de Janeiro identificaram uma nova variação do coronavírus no estado. Imagem: Fernando Zhiminaicela/ Pixabay |
"Não é motivo de pânico, e sim para ficarmos mais alertas. Os próprios pesquisadores [do Reino Unido] comentaram que não dá para ter certeza absoluta de que a mutação tem essa vantagem evolutiva [de se espalhar mais rapidamente] ou se é uma coincidência com o comportamento social das pessoas, que relaxaram o distanciamento", ponderou.
Nada parece indicar que esta variante provoque formas mais graves da doença, ou que seja resistente às vacinas – destacam especialistas.
“O Reino Unido enfrentou nas últimas semanas um aumento rápido do número de casos de covid-19 no sudeste da Inglaterra”, e as análises mostram que “grande parte desses casos pertenciam” à nova mutação do vírus, afirmou Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
“As razões deste aumento na infecciosidade ainda não estão claras. Ainda não descobrimos se isso se deve a uma maior replicação viral, ou a uma melhor conexão com as células que cobrem nariz e pulmões”, destacou Peter Openshaw, professor de medicina experimental na Imperial College de Londres, ao Science Media Centre.
Já Emma Hodcroft, epidemiologista na Universidade de Berna, foi cautelosa com a afirmação de que o vírus pode ser “70% mais infeccioso”, porque, quando as estimativas são feitas muito cedo, podem acabar mudando. “Não sabemos muito de onde saiu este número”, alertou.
Até o momento, casos da nova cepa do coronavírus foram registrados no Reino Unido, Islândia, Itália, Holanda e Dinamarca, segundo a epidemiologista da OMS, Maria Van Kerkhove. Pesquisadores brasileiros verificaram a existência de uma nova variação também aqui no país, mais especificamente no Rio de Janeiro.
Fontes: Agência Brasil - IstoÉ