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Dois dias depois da primeira aprovação de uma vacina anti-Covid no Reino Unido, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde falou em luz no fim do túnel. Mas reforçou que todos precisam continuar tomando cuidado.
“Temos mesmo uma luz ao fim do túnel, mas é essencial compreender que o túnel ainda é muito comprido”, destacou.
A pandemia ganha força no mundo. Já infectou mais de 65 milhões de pessoas e matou mais de 1,5 milhão. No Brasil são 6,5 milhões de casos confirmados e mais de 176 mil mortes.
Um total de 51 vacinas candidatas estão sendo testadas em humanos, com treze na fase final de testes, de acordo com a OMS.
À espera dessas vacinas, as confraternizações do Natal e do Ano Novo devem acelerar a propagação da epidemia.
“Ambiente aberto não protege a pessoa. O risco é quando você aglomera e tira a máscara e faz contato, mesmo porque não é uma festa em que você vai ficar de máscara: você vai tirar a máscara, abraçar as pessoas – senão, qual o motivo de fazer uma festa assim?”
Em Santa Catarina, o governo decretou um toque de recolher por 15 dias para tentar conter a transmissão do coronavírus. Paraná e Rio Grande do Sul seguem as mesmas medidas.
Várias personalidades prometeram ser vacinadas em público para dar o exemplo, como Joe Biden e os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.
O chefe da OMS, Tedros Adhanom, também mostrou preocupação com a preparação dos governos para receber as vacinas.
Adhanom pediu que os países avaliem possíveis pontos fracos, por exemplo, a questão de refrigeração das doses, definam os grupos que terão prioridade, treinem profissionais e, se for o caso, criem leis para agilizar o processo.
No Brasil, neste sábado (5), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram uma nota em que defendem que o Plano Nacional de Imunizações incorpore todas as vacinas com eficácia e segurança reconhecidas contra a covid-19.
A nota divulgada pelo conselho também destaca a “necessidade de se alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima brevidade“.