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Confraternizações do Natal e do Ano Novo devem acelerar a propagação da epidemia

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Reprodução

Dois dias depois da primeira aprovação de uma vacina anti-Covid no Reino Unido, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde falou em luz no fim do túnel. Mas reforçou que todos precisam continuar tomando cuidado.

“Temos mesmo uma luz ao fim do túnel, mas é essencial compreender que o túnel ainda é muito comprido”, destacou.

A pandemia ganha força no mundo. Já infectou mais de 65 milhões de pessoas e matou mais de 1,5 milhão. No Brasil são 6,5 milhões de casos confirmados e mais de 176 mil mortes.

Um total de 51 vacinas candidatas estão sendo testadas em humanos, com treze na fase final de testes, de acordo com a OMS.

À espera dessas vacinas, as confraternizações do Natal e do Ano Novo devem acelerar a propagação da epidemia.

A alternativa mais segura é comemorar apenas com pessoas que morem na mesma casa. ‘Para a gente poder comemorar o Natal do ano que vem’, dizem os médicos.
Caso você decida fazer uma festa presencial mesmo com os riscos, lembre-se que “não existe encontro de Natal (presencial) sem risco”. O que se pode fazer é minimizar esse risco.
Idosos e pessoas com doenças crônicas devem evitar ir às festas. Pessoas que estejam fazendo tratamentos que suprimem o sistema imune (imunosupressores) também não devem participar.
Se decidir fazer uma reunião presencial, uma forma de minimizar riscos é fazer a festa em lugares abertos – terraço, quintal, varanda – principalmente se envolver pessoas de fora do núcleo familiar.
Mesmo nesses locais, os convidados devem usar máscaras quando não estiverem comendo ou bebendo e  manter a distância mínima de 1,80 m uns dos outros. Por outro lado, o risco existe mesmo em locais abertos. 

“Ambiente aberto não protege a pessoa. O risco é quando você aglomera e tira a máscara e faz contato, mesmo porque não é uma festa em que você vai ficar de máscara: você vai tirar a máscara, abraçar as pessoas – senão, qual o motivo de fazer uma festa assim?”

O Natal é momento de confraternização, mas neste ano, especificamente, É um momento de não colocar em risco a vida.

CONTENÇÃO DA PANDEMIA E VACINAS
No Brasil, os shoppings do Rio de Janeiro foram autorizados a funcionar 24 horas por dia na tentativa de evitar aglomerações nas compras de Natal.

Em Santa Catarina, o governo decretou um toque de recolher por 15 dias para tentar conter a transmissão do coronavírus. Paraná e Rio Grande do Sul seguem as mesmas medidas.

Com a chegada iminente das vacinas anti-covid, algumas delas necessitando armazenamento em temperaturas de congelamento, resta convencer a população num contexto de desconfiança da inoculação de vacinas concebidas em tempo recorde.

Várias personalidades prometeram ser vacinadas em público para dar o exemplo, como Joe Biden e os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom, também mostrou preocupação com a preparação dos governos para receber as vacinas.

Adhanom pediu que os países avaliem possíveis pontos fracos, por exemplo, a questão de refrigeração das doses, definam os grupos que terão prioridade, treinem profissionais e, se for o caso, criem leis para agilizar o processo.

No Brasil, neste sábado (5), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram uma nota em que defendem que o Plano Nacional de Imunizações incorpore todas as vacinas com eficácia e segurança reconhecidas contra a covid-19. 

No texto, as entidades exigem que as decisões sobre a imunização “não sejam pautadas por questões alheias aos interesses do País”.

A nota divulgada pelo conselho também destaca a “necessidade de se alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima brevidade“. 

Não há previsão, contudo, de vacinar toda a população brasileira no ano que vem, de acordo com a apresentação feita pelo Ministério da Saúde.

Mesmo com a chegada eminente de vacinas, não há previsão, contudo, de vacinar toda a população brasileira no ano que vem, de acordo com a apresentação feita pelo Ministério da Saúde.