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Itaiópolis: exame de DNA comprova identidade de caixeiro que participou de assalto

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Imagens mostram a ação da quadrilha em frente a agência bancária em Itaiópolis, em 2013. Foto: Arquivo/Polícia Civil.

Nesta semana, Ricardo Aguiar Santana de 32 anos, foi condenado a mais de 28 anos por participação em assalto a um caixa eletrônico em Itaiópolis, ocorrido em 2013.

Na ocasião, Ricardo conseguiu fugir do local do crime, sem ser identificado, mas deixou sangue como evidência. Tempos depois, quando foi preso em São Paulo por outro crime, a comparação do DNA colhido nas duas ocorrências comprovou tratar-se da mesma pessoa.

O CRIME

A ação penal ajuizada pelo Promotor de Justiça da Comarca de Itaiópolis, Pedro Roberto Decomain, relatou que Ricardo Aguiar Santana chegou à cidade no dia 30 de novembro de 2013, com mais três comparsas, todos fortemente armados, em um veículo furtado no interior do Paraná. 
O intuito do grupo era roubar o dinheiro do caixa eletrônico instalado no posto de serviço bancário de uma grande empresa da cidade.

Ricardo foi o encarregado de ficar em frente ao portão da empresa dando cobertura ao grupo, que entrou no local e dominou os dois guardas de segurança, para então explodir o caixa eletrônico e roubar mais de R$ 55 mil. Enquanto o roubo ocorria, dois policiais chegaram e trocaram tiros com o réu, que ficou ferido.

Um dos policiais também foi atingido, recebendo dois tiros no colete à prova de balas e um no abdômen, ferimento grave que o afastou por cerca de quatro meses do serviço. 

O Promotor de Justiça ressaltou que os três tiros que atingiram o policial configuram a conduta típica do crime de latrocínio (matar para possibilitar o roubo) tentado, uma vez que a vítima só não morreu por condições alheias à vontade dos criminosos.

Diante do confronto com os policiais, os criminosos fugiram no veículo no qual chegaram, levando um dos vigias como refém. O carro, danificado na troca de tiros, foi abandonado pouco depois, quando invadiram uma casa, roubaram outro veículo e fugiram. Posteriormente, o refém foi liberado.

Em toda a ocorrência, os criminosos estiveram com o rosto protegidos por balaclavas, o que impediu a identificação de qualquer um deles naquele momento. No entanto, foi encontrando sangue do réu no veículo abandonado, que foi coletado pela perícia técnica. 

Foto: Polícia Civil

A amostra de sangue passou, então, por exame de DNA, cujo resultado foi inserido no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

O DNA, primeiro, coincidiu com o de outro roubo semelhante, praticado na cidade de Píer, no Paraná, também sem identificação dos autores. 
Tempos depois, em 2018,  Ricardo foi preso em São Paulo, depois do roubo a um carro-forte, e teve seu perfil genético examinado. Com o resultado, foi possível identificá-lo, também, como um dos autores dos crimes praticados em Itaiópolis e no Paraná.

A ação penal ajuizada na Comarca de Itaiópolis foi julgada procedente pelo Juiz de Direito Gilmar Nicolau Lang, condenando o réu pelos crimes de roubo, majorado pelo emprego de arma de fogo e por ter sido praticado em concurso de pessoas, e tentativa de latrocínio. 

A pena de mais de 28 anos de prisão deverá ser cumprida em regime inicial fechado. A decisão é passível de recurso. 

Na ação, a quadrilha explodiu um caixa eletrônico usando dinamite e baleou um policial durante uma troca de tiros.