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Árvores de Canoinhas: projeto destaca importância de áreas verdes na cidade

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Lauro é professor da área de Manejo e Conservação de Recursos Naturais no IFSC Canoinhas. Na imagem, com seu filho Martim. Foto: Divulgação

O plantio de uma muda de guabiju, na Praça Francisco Timotheo Bojarski, em Canoinhas, tem um significado muito maior que a comemoração isolada do professor Lauro William Petrentchuk e seu filho Martim, de seis meses, em alusão ao Dia da Árvore, lembrado nesta segunda-feira (21).

A ação concretiza o objetivo específico de “plantar uma árvore em espaço público (praça) como forma de incentivar a sociedade a refletir sobre a importância da arborização urbana”, dentro de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Câmpus Canoinhas.

Coordenado pelo professor Lauro, o projeto “Árvores de Canoinhas\” conta com quatro alunas pesquisadoras do 2º ano do curso superior de Agronomia, Thuany Aparecida Levandoski Jansen, Jocieli Mileski Bueno e Larissa Baptista, como bolsistas, e Rabechlt Stange Almeida, como voluntária.

Nesta etapa, elas estão registrando, individualmente, as espécies existentes nas ruas de Canoinhas, com fotografias e informações sobre tipo de copa, poda e estado fitossanitário. 

Estes registros serão usados para o diagnóstico e mapeamento das espécies que compõem a paisagem urbana. A partir do diagnóstico, o projeto vai desdobrar suas ações para levar informações mais acessíveis sobre o assunto aos moradores de Canoinhas.

Além do plantio de guabiju na Praça Francisco Timotheo Bojarski,  outros objetivos específicos preveem:

  • a elaboração de um banco de imagens e informações referentes às espécies plantadas na cidade; 
  • o diagnóstico de quais árvores identificadas pelo projeto são ou não indicadas para a arborização urbana e quais as melhores formas de manejo; 
  • publicação de artigos sobre o assunto na imprensa local;
  • elaboração de um informativo sobre a importância da arborização urbana e com dicas de como realizar a escolha e o plantio adequado de árvores em vias urbanas.
O guabiju (Myrcianthes pungens) foi escolhido para representar o projeto por ser uma espécie nativa da Mata Atlântica. A árvore oferece frutos pequenos e adocicados muito apreciados pelos pássaros, possui características ornamentais e é indicada para arborização urbana.

“Este projeto busca mostrar para a população canoinhense que a arborização urbana pode servir de um excelente recurso educacional, promovendo a disseminação da importância das árvores e a correta condução delas no meio urbano. O intuito é desmitificar que a arborização urbana causa sujeira, que suas folhas entopem bueiros ou calhas. A população esquece que as árvores nas cidades proporcionam sombra, embelezam as ruas, fornecem alimentos para a avifauna e minimizam maus cheiros, barulhos e poluição”, ressalta professor Lauro.

Segundo o professor, a presença de poucas árvores nos meios urbanos torna o ecossistema muito vulnerável à existência de pragas e doenças, o que pode trazer prejuízos para a arborização pela falta de variabilidade de espécies. 

Outros problemas decorrentes da falta de arborização refletem no alto consumo de energia elétrica, por causa dos aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, e nos desgastes prematuros de pinturas e faixadas das edificações pela incidência direta de radiação solar, entre outros.

De acordo com o professor, é importante lembrar também o papel social desempenhado pelas árvores: \”O verde urbano constitui-se em áreas de encontro entre as pessoas, tornando-se um local que traz conforto. As funções de recreação, ecoturismo, lazer e ornamentação são fundamentais para uma sociedade que busca qualidade de vida.”

*Por Liane Dani | Jornalista do IFSC

Projeto busca mostrar para a população canoinhense que a arborização urbana pode servir de um excelente recurso educacional.