NSC-TV — O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, afirmou em entrevista à NSC que o governo do estado não tem sido omisso na gestão da pandemia do novo coronavírus e que cabe às prefeituras tomar decisões mais duras caso julguem necessário.
Moisés lembrou que a regionalização era um desejo das próprias administrações municipais:
"Os municípios estavam reclamando que a mão do estado era dura e genérica para todo o estado. Em algumas regiões, era possível sim, tinham municípios que não tinham caso confirmado, onde a vida pudesse ser normalizada, e tão logo chegassem os casos, que houvesse medidas restritivas. Então, combinamos com todos que essas medidas, tanto de flexibilização quanto de restrição passariam então a ser gerenciadas de forma regional. E foi com essa proposta também que fizemos nova regra, novo decreto, regulamentamos e disponibilizamos ferramentas, e a gente começou a rodar", disse.
No começo de junho, o Poder Executivo do estado divulgou um plano regionalizado para que administrações municipais decidissem por restrições ou não.
Até então, eram 9 mil pacientes com teste positivo para Covid-19, incluindo 143 mortes. Atualmente, são 47,9 mil diagnosticados e 569 óbitos.
"Não é omissão do estado e nem do governador, que cada um assuma a responsabilidade que é devida pelo cargo, pelo múnus público que resolveu assumir. Assim como eu assumi aqui enquanto governador, medida dura, inacreditável para muitos, nós entendemos que agora é a vez de os municípios, se não sozinhos, de forma regional, tomar as decisões e não ter medo de tomar essas decisões", declarou.Sobre as ações tomadas pelos municípios para diminuir o contágio do novo coronavírus, o governador afirmou que consegue enxergar medidas positivas, ainda que os casos de Covid-19 no estado tenham aumentado significativamente.
No total, o estado tem sete regiões em nível gravíssimo por causa da Covid-19.
"Prefiro olhar pelo lado cheio do copo. O que a gente viu esta semana foi algumas regiões já tomando decisões, se reunindo. Às vezes não há adesão total numa região, mas as principais regiões aderindo, em especial as mais populosas, os municípios mais populosos, aderindo então a um fechamento, a uma restrição de algumas atividades por achatamento dessa curva, para manejar a composição da disponibilidade de leito de UTI e atividades de preservação da economia, de emprego etc., e a saúde das pessoas", declarou.