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Anúncio de novo decreto foi feito na tarde desta segunda/Reprodução |
Pelo ato assinado pelo chefe do Executivo, ficam proibidos nas próximas duas semanas eventos e competições esportivas organizados pela Fundação Catarinense de Esporte ou pela iniciativa privada.
Também estão suspensas pelo mesmo período as atividades de cinemas, teatros, casas noturnas, museus, assim como a realização de eventos, shows e outros espetáculos que acarretem reunião de público.
Desde o dia 5 de julho, cabia às prefeituras a decisão sobre a liberação ou não dessas situações que estão no decreto, conforme a estratégia regionalizada divulgada pelo governo em junho. Com o novo decreto de hoje, os municípios não podem mais fazer essa liberação. E aqueles que eventualmente já fizeram, devem retroceder na sua decisão.Segundo o governador, não é momento de relaxar, pois o vírus segue circulando e com um aumento significativo de casos nas últimas semanas.
Ele lembrou que Santa Catarina possui índices favoráveis até aqui, na comparação com outros estados, porém a intervenção do governo estadual se faz necessária para evitar um colapso do sistema hospitalar.
“Queremos garantir que todos tenham atendimento caso seja necessário. É nisso que o Governo do Estado vem trabalhando desde o começo desta pandemia. Infelizmente ainda não temos uma vacina ou uma receita para combater a doença. Nós já ampliamos a oferta de leitos de UTI em quase 70%, porém o sistema está tensionado em algumas regiões. Precisamos ampliar o isolamento social para passar por esse período”, diz o governador.O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, destacou que a medida irá ajudar a reduzir a circulação de pessoas e evitar aglomerações. Ele salienta que a taxa de ocupação dos leitos de UTI é preocupante no estado, o que justifica a decisão.
Além disso, o secretário lembra que os prefeitos continuam com o poder decisório de tomar medidas mais restritivas caso considerem necessário.
“Quatorze dias é o tempo de maturação dessas medidas. A cada dia avaliaremos o impacto disso. Este decreto também faz parte deste compartilhamento de decisões com os prefeitos. Algumas regiões estão mais impactadas do que outras, mas, de uma forma geral, o Estado precisou fazer essa intervenção para trazer um regramento, mas mantemos o contato diário com os municípios para ver o que cada região pode fazer ainda mais”, destaca o secretário.“Com esse decreto, queremos achatar a curva nas regiões e enviar o recado de que as pessoas só devem sair de casa quando estritamente necessário. Nosso objetivo é que a curva de contágio comece a declinar para que vejamos um horizonte de normalidade.´, destacou Carlos Moisés.