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Fogão a lenha é a única maneira de suportar o frio. Foto: Reprodução/ NSC TV |
Em Lages, onde foram registrados mais de 200 destelhamentos após a passagem do fenômeno que ocorreu na tarde de terça-feira (30), mais de 31 mil imóveis estavam sem energia elétrica até a 15h desta sexta, de acordo com as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
Com o telhado destruído com o vento e sem luz, o fogão à lenha foi a única saída para tentar suportar o frio dentro da casa do marceneiro João Vanderlei Alves Lisboa.
Colocamos a lona pra não chover e não entrar mais frio porque o teto está todo quebrado", explica.
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Foram atendidas mais de 300 ocorrências em 64 bairros de Lages. |
Com a parte da casa danificada e frestas entre as madeiras causadas pelas fortes rajadas de vento, Aleide Aparecida da Silva e do Marcos Arruda improvisaram uma área na cozinha para enfrentar a manhã gelada, que chegou a -1°C no município.
A Secretaria de Assistência Social de Lages disse que ao menos 400 famílias precisam de ajuda com cestas básicas e telhas.
É muito vento durante a noite e congela. A gente não dorme, ficamos preocupados que pode vir outro ciclone e com a chuva que pode molhar o restante das coisinhas que temos", afirma Marcos.O fogão à lenha tem funcionado durante todo o dia para deixar o ambiente aquecido.
Se não tiver não aguentamos o frio. O fogão fica ligado 24 horas e tem que ter lenha. Mas, minha lenha está acabando, dinheiro não temos, é difícil", disse Aleide.
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Houve mais de 200 ocorrências de destelhamentos. Foto: Nilton Wolff |
Além da necessidade de alimento e de roupas, nós temos problemas das residências que estão danificadas, destruídas, informou a secretaria.
Quem quiser ajudar pode fazer as entregas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) nos bairros da cidade.