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Deputado Sargento Lima (PSL) durante votação de projeto de lei em sessão da Alesc — Foto: Reprodução |
Em sessão ordinária virtual da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, realizada na tarde desta quarta-feira (13), o deputado estadual Sargento Lima (PSL), minimizou os cuidados recomendados por autoridades de saúde para evitar a transmissão do novo coronavírus:
A declaração foi dada durante votação de projeto de lei nº 135/2020, de autoria do parlamentar, que considera o transporte coletivo urbano e intermunicipal como essencial no estado, ainda que em períodos de calamidade, emergência, pandemia ou epidemia.
Durante a sessão, a deputada Luciane Carminatti, que votou contra o projeto de lei, classificou a declaração de Lima como desrespeitosa e ofensiva:
Maurício Eskudlark falou que são necessários os cuidados, e Neodi Saretta defendeu as medidas de isolamento social.
Moacir Sopelsa (MDB) falou que "não é com coragem que se enfrenta a pandemia, e nem com força. A gente enfrenta a doença com fé, mas essa pandemia não está escolhendo se a pessoa é humilde, portadora de fortunas ou pobre. Está atacando em todos os sentidos”, respondeu.
A fala de Sargento Lima não é apenas de um tratado de desinformação, mas um desrespeito com quem se preocupa com a própria saúde e com a saúde dos outros, cumpre as regras e, mais importante: paga seu salário.
Quanto ao projeto de lei para o retono do transporte público, Paulo Eccel e Luciane Carminatti, manifestaram-se contra o projeto de lei.
“Fico desconfortável e muito preocupada com essa decisão. Me pergunto como seria essa liberação. Quem vai fiscalizar, higienizar”, questionou a parlamentar.
“Ontem foi anunciado que 881 brasileiros morreram. Os deputados pedem leitos de UTI para suas cidades. Ao mesmo tempo, estamos organizando os trabalhadores para contaminação. É fácil para nós que não pegaremos ônibus, que andaremos com nossos motoristas, aprovarmos uma medida dessas”, acrescentou Paulo Eccel.
A proposta segue agora para análise do governador Carlos Moisés da Silva.
A proposta segue agora para análise do governador Carlos Moisés da Silva.