A chave de fenda passou por exame de luminol que comprovou a presença de sangue. Foto: Polícia Civil/Divulgação |
Investigações da Polícia Civil de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, apontam que uma mulher usou uma chave de fenda para induzir o parto antes de matar o bebê asfixiado no início deste mês. Ela morreu três dias depois ao dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Já o corpo de bebê foi encontrado no dia seguinte no porta-malas do carro que ela usou para ir para a UPA.
Bebê foi encontrado morto, com dois sacos plásticos na cabeça, junto com porção de palha e pedaços de carvão, no porta malas do carro. Foto: Polícia Civil/Divulgação |
O corpo da mulher, identificada como Raquel de Souza Paulino, foi exumado e, segundo a polícia, o laudo de necropsia apontou lesões no útero compatíveis com a ferramenta encontrada na casa dela.
A chave de fenda passou por exame de luminol que comprovou a presença de sangue. A perícia também constatou sangue no banheiro da casa da mulher.
O exame de necropsia de Raquel apontou também que havia sinais nítidos de parto natural.
Bebê também teve queimaduras
O delegado disse que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que o bebê foi morto por asfixia e tinha sinais de queimadura de terceiro grau em diversas partes do corpo.
De acordo com a polícia, a criança era do sexo feminino, tinha 49 cm de comprimento e pesava 3 kg.
A polícia afirmou ainda que o bebê estava enrolado em um vestido azul marinho e foi encontrado com dois sacos plásticos na cabeça, junto com porção de palha e pedaços de carvão, no porta malas do carro.
Família não sabia da gravidez
Ao longo das investigações, a polícia ouviu parentes e amigos de Raquel.
De acordo com o delegado, eles afirmam que não tinham conhecimento sobre a gravidez apesar dela brincar eventualmente de que estava grávida de gêmeos, mas depois voltava atrás dizendo que a barriga estava inchada.
Corpo da mulher foi exumado para coleta de material genético. Foto: Polícia Civil/Divulgação |
Nos últimos meses, a mulher chegou a sair de licença do emprego por conta de fortes dores nas costas e a família chegou a achar que ela pudesse estar com algum problema renal por conta do suposto inchaço.
A polícia aguarda agora o resultado do DNA. Depois disso, o inquérito será relatado para o Ministério Público (MP) para ser arquivado, uma vez que, segundo a polícia, não há indícios de envolvimento de outras pessoas no crime.