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Implantação de Escolas Militares em Santa Catarina. Qual sua opinião?

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Voltou a tona esta semana um assunto polêmico, que divide muito as opiniões: um projeto do governo prevê a implantação de Escolas Militares em Santa Catarina, já a partir de 2018.
Escola Policial Militar de Goiás/Reprodução
Tal educação rigorosa, rígida e disciplinada, que evoca a moral, os bons costumes e o civismo é respaldada por uma parcela considerável da população, mas questionada por alguns especialistas.
Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires em Florianópolis/Reprodução
Hoje existem duas escolas neste molde: em Florianópolis desde 1984, o Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires (criado especificamente pela e para a corporação) e em Lages desde 2016, o Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires (implantado inicialmente no polo de ensino à distância da Universidade Aberta do Brasil).
Colégio Militar de Porto Alegre, data de 1912. É o segundo mais antigo do gênero, perde apenas para o do Rio de Janeiro, fundado em 1889/Divulgação
Regimentos internos bastante rígidos, além de um cotidiano quase ritual são algumas práticas em uma instituição de ensino militarizada.

– Cantar hinos (da cidade, do Estado, do Brasil etc) todos os dias pela manhã;
– Formar pelotões todos os dias pela manhã;
– Saber marchar e prestar continência;
– Ter um rodízio de um regente de classe que, dentre outras tarefas, fica responsável por informar os alunos faltantes ao professor;
– Limpar a sala de aula ao final de cada dia;
– Ter no currículo a disciplina de Instrução Geral da Polícia Militar, que percorre todos os anos e dá a noção sobre o trabalho da corporação;
– Usar uniforme;
– Não pintar unhas ou cabelo.
Colégio Militar de Curitiba/PR, fundado em 1958/Divulgação
A diretora de instrução e ensino da Polícia Militar em Santa Catarina, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, explica que as pessoas têm pedido à corporação a multiplicação da filosofia militar nas escolas com base na experiência em curso na capital catarinense há mais de três décadas.
A oficial acredita que esse movimento seja demandado pelo momento social, político e econômico vivido pela população.

No país, há 13 escolas comandadas pelo Exército, nenhuma em Santa Catarina, e dezenas conduzidas pelas polícias estaduais. 

Não há um órgão que centralize essa contagem, nem mesmo todos os Estados têm dados consolidados a respeito da própria realidade, mas se sabe que Goiás desponta na lista de federações com 36 colégios militares e outros 18 previstos para o ano que vem.
As cidades catarinenses cotadas para implantação de novos polos do colégio militar são Blumenau, Joinville e Laguna, conforme a Secretaria de Estado da Educação.

IMPLANTAÇÃO DE POLOS DE COLÉGIOS MILITARES EM SC

Joinville
Escola: Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires (a ser implantado na escola estadual Osvaldo Aranha, no bairro Glória)
Alunos: a previsão é que ingressem duas turmas de 6º e 7º ano do ensino fundamental.
Professores: ainda não há informações a respeito do número que seria necessário.
Funcionários: há um acordo em curso para tratar desse aspecto. A PM almeja que os professores sejam contratados pela SED e os demais profissionais cedidos da reserva remunerada da corporação.
Manutenção: a expectativa é de que seja divida entre PM e SED, com maior peso na Educação.

Blumenau

Escola: Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires (a Secretaria de Desenvolvimento Regional tem duas opções de escolas para implantar, mas ainda não há uma definição).
Alunos: ainda não se sabe.
Professores: Ainda não há informações a respeito do número que seria necessário
Funcionários: há um acordo em curso para tratar desse aspecto. A PM almeja que os professores sejam contratados pela SED e os demais profissionais cedidos da reserva remunerada da corporação.
Manutenção: a expectativa é que seja divida entre PM e SED, com maior peso na Educação.

Laguna
Escola: Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires (a ser implantado no centenário Colégio Jerônimo Coelho).
Alunos: ensino fundamental e ensino médio.
Professores: Ainda não há informações a respeito do número que seria necessário.
Funcionários: há um acordo em curso para tratar desse aspecto. A PM almeja que os professores sejam contratados pela SED e os demais profissionais cedidos da reserva remunerada da corporação.
Manutenção: a expectativa é que seja divida entre PM e SED, com maior peso na Educação. Caso isso não aconteça, a Secretaria de Desenvolvimento Regional indica que seriam necessários R$ 100 mil mensais de repasse para custeio.

Com informações do Diário Catarinense e Escolas Militares do Brasil