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Após 10 anos, morte de menina em pia batismal ainda não foi esclarecida

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Em março de 2007, a pequena Gabrielli Cristina Eicholz ,de um ano e meio,foi achada morta em uma pia batismal da igreja Adventista do Sétimo Dia, em Joinville.

Gabrielli foi deixada pela família em uma sala com monitores e outras crianças enquanto parentes participavam de um culto. Quando voltaram para buscá-la, a menina havia desaparecido. Minutos depois, ela foi encontrada morta.
Gabrielli foi encontrada morta em uma pia batismal em Joinville (Foto: Reprodução/RBS TV)

O corpo da menina apresentava hematomas na região do pescoço, o que sinalizava que ela teria sido estrangulada pelo agressor. Depois, o bebê foi jogado no tanque usado para batizar os fiéis dessa congregação religiosa.

Um laudo apontou que a menina foi violentada sexualmente e estrangulada. O pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário foi preso poucos dias depois da morte de Gabrielli. 
Segundo a polícia, quando foi preso, ele confessou ter violentado e matado a criança. Ele também participou da reconstituição do crime. Duas semanas depois, porém, ele voltou atrás e negou tudo. 
Disse que foi ameaçado por policiais para confessar o crime.
O Ministério Público contesta essa tese. \”Estava muito claro que ele (Rosário) não foi agredido, porque foi filmado o interrogatório dele. Tem um vídeo de aproximadamente uma hora em que ele confessava tudo com riqueza de detalhes\”, disse o promotor.
Pia batismal onde a criança foi encontrada (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em agosto de 2008 , Rosário foi condenado pelo Tribunal do Júri a 20 anos de prisão na Penitenciária Industrial de Joinville, em regime fechado. 
Três anos depois, o Tribunal de Justiça anulou o processo por ter encontrado irregularidades nas investigações. Rosário foi libertado e o processo, arquivado.
As circunstâncias da morte de Gabrielli Cristina Eicholz nunca foram esclarecidas.
Indenização
No ano passado, a Justiça condenou o estado a ressarcir o pedreiro em R$ 40 mil, mas os advogados pedem agora R$ 8 milhões. \”Primeiro eu pergunto: quanto vale um dia de liberdade da sua vida? Ainda mais você sabendo que é inocente. Você sabendo que está lá por algo que não cometeu. Por um crime horrendo da forma como ele foi acusado. Todo mundo num primeiro momento queria matá-lo\”, diz a advogada de Rosário.

Silêncio 

Solto em 2010, Oscar Gonçalves do Rosário tenta reconstruir a vida na cidade-natal, Canoinhas, ao lado da mulher e do filho pequeno.

+Médico catarinense é acusado de ter provocado a morte de três pessoas, durante endoscopia.

Depois de fazer um acordo com a igreja após alegar negligência com a menina, os pais de Gabrielli também não querem mais falar sobre o assunto.


Com informações do G1 e RBS Notícias